Lá vem ela... |
Talvez não seja tão abençoada justamente pela forma como nós lidamos com ela. Ao mesmo tempo em que faz parte de uma rotina divertida, onde não é lenda que os encontros são marcados "antes que chova" ou "depois da chuva", e amenizadora, ao se vislumbrar as nuvens carregadas se aproximando de leste, depois de um dia de sol inclemente, a chuva se torna inconveniente quando percebemos que a nossa forma de ocupação do solo e nosso urbanismo foram concretizados de costas para nosso clima e geografia (excesso de impermeabilização do solo, desmatamento urbano, ocupação em áreas de várzea, etc).
Eu, como leigo em engenharia, acredito que algumas medidas em andamento (macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova e do Paracuri) são eficazes e a melhor saída para os transtornos gerados por chuvas intensas e quase diárias, mas não sei se para casos como o ocorrido nestes dias de maré alta. Belém possuia áreas de várzea, que foram aterradas, urbanizadas, mas o ciclo natural das águas não reconhece isto, e sempre irá avançar para estas áreas.
Sol e chuva na Baía do Guajará |
A culpa não é da chuva. Vai continuar chovendo (eu espero) e devemos agradecer por isto. É melhor a abundância de água do que a falta dela.
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